Havana, ohh-na-na

Publicado em 4 de novembro de 2018
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Guia Agora Eu Voo – CUBA

Quem conhece a capital cubana sente o que canta Camila Cabello: “Half of my heart is in Havana, ohh-nana”. A cidade é, como dizem os cubanos, “preciosa”! Por causa do embargo de 1959, as fachadas dos prédios e a frota de carros tiveram que ser conservadas, o que faz o visitante viajar no tempo. O som da salsa ou do mambo pode ser ouvido em qualquer esquina enquanto se aprecia uma das bebidas locais (ou as duas). Cuba é a terra do mojito e do daiquiri.

Como chegar?

Havana tem o seu próprio aeroporto. Do Brasil, chega-se por Copa Airlines. Não é difícil encontrar ida e volta por R$ 2.000, com taxas, saindo de Recife. Do terminal ao centro, táxis é a melhor (e única) opção. Paga-se 20 pesos cubanos (R$ 80) pela corrida.

Quando ir?

O verão em Havana é no meio do ano quando faz muito calor. Porém, nessa época há chuvas fortes no final da tarde. Setembro é quando chove mais. O inverno, de dezembro a março, é seco e a temperatura não cai muito. Na cidade, circula-se de táxi convencional ou de cocotáxi, que imita mesmo um coco. Mais baratos e, claro, mais divertidos.

Onde se hospedar?

Em Havana, há opções de hospedagens para todos os bolsos, mas a maioria dos hotéis ainda não está na internet, o que reduz as possibilidades para uma reserva prévia. O Agora Eu Voo se hospedou no Hotel Nacional, um pedaço dos anos 1930 no coração da cidade. Volta e meia eles fazem promoção de tarifas, disponibilizando acomodações por R$ 350 a diária. O Gran Hotel Manzana Kempinski é mais caro, mas super bem localizado. Há muita gente que se hospeda com locais, em suas casas. Não achamos que os preços convencessem. É mais pela experiência.

O que comer e beber?

Por causa do embargo de 1959 e pela condição de ilha, a comida em Cuba é simples, sem muitos temperos.
Lagostas e camarões aparecem com frequência no cardápio. Come-se muito também porco com molho agridoce e carne bovina desfiada, que os cubanos chamam de “ropa vieja”. Moros y Cristianos, o prato mais típico, nada mais é que um baião de dois de feijão preto com arroz e cominho.

A bebida oficial cubana é o rum. Com ele, faz-se muitos drinques. Os mais conhecidos, porém, e que são encontrados em cada esquina: mojito e daiquiri.

Onde comer?

É importante saber que os cubanos adoram uma novela brasileira. Por causa disso, muitos restaurantes em Havana se chamam “Paladar” ou “Império”, por causa da novela “Vale Tudo” e do folhetim do comendador, respectivamente. Dois paladares que valem a pena em Havana Vieja: Los Mercaderes, para almoçar como se estivesse nos anos 1920; e La Guarida, num prédio lindo, que foi cenário do filme “Morango e Chocolate” e com um bar nas alturas que tem uma vista de tirar o fôlego.

O que fazer?

A primeira parada é mesmo Havana Vieja. É lá que está a Havana dos postais e dos filmes. Fachadas e carros antigos se entrosam como se posassem para fotos. Muita gente, muita música. O tour básico, a pé, inclui as quatro praças principais: a de Armas, a da Catedral, a Vieja e a de São Francisco de Assis. No bairro, também estão os bares Floridita e La Bodeguita del Medio, onde Ernest Hemingway tomava um daiquiri e um mojito, respectivamente. Paradas obrigatórias.

Perto de lá estão o Gran Hotel Manzana Kempinski e sua vista sensacional da cidade e o Congresso, inspirado (creia!) no Capitólio norte-americano. O Parque Central, entre os dois locais, é ponto de encontro de conversíveis de cores extravagantes e de partida para boas caminhadas. Uma delas pelo Paseo de Martí, uma das ruas mais havanesas de Havana. Atrás do Congresso, mesmo desativada, a fábrica de charuto Partagás merece uma visita.
Também é do Parque Central, em frente ao Hotel Inglaterra, que saem os ônibus para as chamadas Praias do Leste. Trata-se de uma ótima opção para quem não tem muito tempo em Cuba, mas não quer deixar de nadar no azul caribenho, que Havana, diga-se, desconhece. São apenas 5 pesos cubanos (R$ 20) pela ida e volta, 30 minutos de viagem. Em Tropicoco, espreguiçadeiras sobre a areia branquinha do Caribe esperam você para um dia de sol e mar.

Uma programação bem “turistão”, mas que vale a pena é dar uma volta na cidade a bordo de um dos carros antigos. Paga-se 35 pesos cubanos (R$ 140) por uma hora de passeio. É possível ver o pitoresco bairro chinês, parar na famosa Praça da Revolução e, se for no final da tarde, apreciar o pôr do sol rente ao Malecón, mureta de pedra à beira-mar imortalizada em muitas músicas cubanas. Peça para o motorista passar pela Avenida Paseo, onde as fachadas estão com as suas candy colors em dia.

À noite, o lugar onde cubanos e turistas se encontram é na Fábrica de Arte Cubano. Uma fábrica desativada que virou alguma coisa entre galeria de arte e casa noturna. O lugar só abre de quinta a domingo e oferece boa comida e música em meio a obras dos melhores artistas modernos cubanos. Tão pitoresco quanto a própria cidade.